segunda-feira, outubro 23, 2006

Características da Cultura Oral no
Discurso da Net


(Characteristics of Oral Culture in Discourse on the Net)

Objecto de Estudo:
Características da oralidade na comunicação mediada por computador.


Resumo:
Este artigo procura resumir de uma forma pessoal o estudo que nos é mostrado na página
http://www.december.com/john/papers/pscrc93.txt, sobre as características orais da cultura na net. No texto em causa o autor, faz um estudo de uma comunidade de IRC e de um fórum da USENET. Observa os diálogos havidos nessa CMC e procura daí tirar ilações relativamente à emergência de um discurso cultural, baseado na comunicação mediada por computador, uma comunicação recorrendo à escrita, onde é possível encontrar características de oralidade.

1. Introdução

Este artigo é um resumo/ comentário de um artigo em inglês que fala da existência de um discurso cultural emergente, baseado na comunicação mediada por computador , que está a surgir na rede global. Apesar da cultura oral não ser pensada como uma cultura baseada na imprensa, os investigadores encontraram oralidade nas formas da cultura escrita, usada na comunicação mediada por computador (CMC), uma comunicação onde é possível encontrar emotividade, expressividade, participação e sonoridade. De facto, este tipo de comunicação não é apenas baseado na imprensa, mas também em conhecimentos técnicos adquiridos, que exibem de forma surpreendente, qualidades da cultura oral. O artigo apresenta observações de um chat, em CMC e de uma BBS[1], a fim de ilustrar as qualidades da oralidade na CMC. As implicações das qualidades orais da CMC, são definitivamente, um novo discurso de comunicação, criado com vastas implicações políticas, culturais e sociais, recriando o imediatismo das culturas pré-literadas, adicionando-lhes, contudo, uma independência no tempo e no espaço.

2. A mudança da oralidade para a cultura escrita

A mudança da cultura oral primária para a cultura literada na velha Grécia, conduziu a uma mudança na linguagem e no pensamento, caracterizada por Ong, Havelock e outros, como uma mudança de um mundo da oralidade para o linear e estático mundo da impressão. Para MacLuhan o tédio da cultura impressa foi transportado até ao início da difusão do uso do rádio e da televisão no século XX. Ong caracteriza as mudanças da linguagem e do pensamento em crescimento proporcional com a disseminação das emissões de rádio e de televisão, da fase da oralidade secundária.
Esta discussão posiciona a existência de uma terceira forma de oralidade, surgida com a comunicação mediada por computador, que ocorre em tempo real, conferências síncronas, e em tempo assíncrono, fóruns de discussão (BBS). Baseado em texto, o discurso deste tipo de comunicação apresenta muitas qualidades da cultura oral, que pode implicar que o discurso não precise de ser baseado no som, para ter características orais. Até certo ponto as características orais da CMC, aumentam, na medida em que dão aos participantes uma maior independência no tempo e no espaço e uma participação onde a emoção, o envolvimento e a expressividade são visíveis.

Antes da invenção da escrita, o pensamento e a linguagem humana, tiveram forma apenas por significados orais. A mudança da oralidade primária para a cultura escrita na Grécia antiga ocorreu, aquando da invenção das vogais gregas no Século IV BCE.
A importância da invenção do alfabeto Grego é que este representa melhor os sons da oralidade do que o alfabeto Semítico, em que teve origem. Permitiu a combinação dos textos com o discurso. A standardização da escrita Grega foi o princípio da cultura manuscrita e a perda da oralidade secundária nas culturas ocidentais.
A cultura manuscrita e as limitações inerentes à distribuição de manuscritos continuaram até ao século XV. Nessa altura Gutenberg inventou a imprensa, revolucionando as possibilidades da disseminação da cultura escrita. O texto manuscrito chegou à cultura impressa, fazendo com que houvesse uma perda do espaço oral (MacLuhan). Em vez de um mundo de sons e envolvimento, o mundo impresso emprestou a si próprio um pensamento linear, de abstracção e separação entre o conhecimento e o saber.
A distinção entre a oralidade e a cultura escrita não é simples. Para MacLuhan, Ong (1977, 1982), Havelock (1986), e outros a oralidade/ cultura escrita balança entre mudança tecnológica, alienação do mundo oral e separação do conhecimento e do saber.
Estas características implicam em diferenças categóricas entre oralidade e cultura escrita, mostrando como as duas podem ser misturadas. No seu estudo, Tannen, refere que as estratégias orais crescem do ênfase no envolvimento interpessoal entre quem fala, quem escreve e a audiência. Fala do verdadeiro significado do contexto social da troca interpessoal. As estratégias da comunicação na cultura escrita passam pelo uso de métodos analíticos enfatizando termos abstractos (Tanner 5). Porém, as modernas sociedades ocidentais são amplamente baseadas na cultura escrita, estando a oralidade e a cultura escrita interligadas.
Na cultura popular difundida pela televisão e por vídeotapes, as pessoas aprendem afastadas do texto, assentando, essa aprendizagem no entretenimento. Estas tecnologias ligam grande número de pessoas, permitem a aprendizagem, mas não, a participação na comunicação.
Midias como a televisão, filmes, vídeos, som, gravação, jogos de computador, são de longe mais populares do que a leitura de novelas, livros, ou poesia, que implicam na utilização de uma tecnologia mais complexa: a leitura e da escrita. Estamos a entrar numa nova era em que a oralidade tem mais valor do que a cultura escrita (Lakoff 259).
Frequentemente a escrita imita o discurso oral (Lakoff 259). Desde cedo, a ficção do século XX, mostra as características orais da cultura impressa. Essa representação vai além da representação pelo diálogo e cria um texto com o sentimento do espaço oral.
O discurso na CMC apresenta outro espaço, em que a escrita se pode misturar com a oralidade. Tal como as primeiras tecnologias ( o alfabeto Grego, a imprensa) mudaram a forma das pessoas comunicarem e pensarem, a CMC criou um mundo baseado no texto, que exibe características da cultura da oralidade primária. A diferença entre a CMC e a comunicação baseada no papel não é uma simples analogia com a diferença entre escrita e fala, comunicação ou cultura escrita e oralidade.
As tecnologias de CMC transformam o pensamento e a cultura permitindo a criação de comunidades em que os participantes, tal como os participantes das culturas da oralidade primária, podem manifestar na comunição as suas emoções, expressividade e envolvimento, dotando as palavras de um poder e sonoridade, semelhantes ao da palavra ouvida.
A visão da aldeia global de MacLuhan, tornou-se uma realidade, de forma electrónica. A televisão, a rádio e a rede telefónica difundiram-se globalmente no século XX. A televisão comercial e o rádio são tecnologias comunicação de massas unilaterias, onde muito ocasionalmente e recorrendo a outros midia é permitida interacção interpessoal. Pode-se interagir directamente com o telefone e algumas ondas curtas de rádio (CB), mas apenas se os participantes acederem ao canal de comunicação em simultaneidade temporal.


3. As características da CMC

Os sistemas de comunicação mediados por computador criaram a aldeia global, porque transcendem as limitações de tempo e de espaço. CMC, tal como o Electronic Mail (EM), conferência por computador (CC), Bulletin Board Systems (BBS), permitem a participação de diferentes formas. Os participantes podem interagir em tempo real (sincronia) usando a conferência por computador, ou em assincronia usando as BBS (fóruns de discussão). Têm como limitação ser baseados em texto, embora se possam também, trocar, de forma rotineira, som, vídeo e fotografias. É um tipo de comunicação em que os participantes podem escolher com quem querem comunicar, sem ter problemas com a distância física ou temporal. A televisão tem significado na forma em que é mais usada, a TV interactiva, ainda pouco divulgada entre nós. Actualmente existem vários aplicativos que permitem efectuar tele e vídeo conferência, com a maior das facilidades recorrendo, apenas, a um microfone e a uma webcam.
As BBS desenvolveram-se ao longo dos anos como uma tecnologia avançada. Actualmente, afastada do reino dos hackers, envolve pessoas espalhadas por todo o mundo, transformando um pouco as tecnologias em que assentava e constituindo hoje a Internet, uma rede global de computadores, interligados em praticamente, todo o Mundo.
Desde cedo o desenvolvimento da rede para fins educativos se espalhou por todo o mundo. A definição do protocolo TCP/IP standardizou o uso da Internet nas organizações e instituições educativas.
A disseminação do uso público da Internet, em todo o mundo, conduziu a um rápido crescimento da rede global. A acessibilidade à Internet, actualmente é feita por vários milhões de pessoas, havendo muitas instituições académicas e públicas que estão a proceder a formação dos seus funcionários, de uma forma muito intensa. No nosso país, as escolas têm todas vários computadores ligados em rede, e com acesso à Internet, para utilização de professores e alunos.
A CMC é de todos os serviços da Internet, aquele que tem maior número de utilizadores.
A pesquisa (e observação) neste campo mostra-nos que o discurso usado transmite muita participação, emoção e expressividade. Hiltz e Turoff referiram que nas BBS a comunicação tende para:
· Ter participações iguais nas discussões síncronas;
· Mais opiniões a pedido das ofertas;
· Um acordo de explícita sociabilidade na comunicação.
Sproull e Keisler compararam dois grupos de pessoas que trabalharam em resolução de problemas, um em situação real, outro numa BBS. Concluíram que o grupo que usou a BBS propôs maior quantidade de ideias, gerando maior discussão, foi mais participativo e solucionou mais rapidamente o problema. Segundo Walther a CMC é mais expressiva e relacional acumulando mais palavras, texto e sugestões. Pessoalmente, penso que é uma forma de comunicação em que as nossas emoções e estados de espírito transpiram com muita facilidade.
O autor observou discussões da Usenet[2] e do IRC[3] (Internet Relay Chat), que, segundo ele nos mostram a presença da qualidade oral no diálogo: as qualidades emotivas, participativas e expressivas.
A finalidade destas observações foi constatar o tipo de interacções destes fóruns/ chats, relativamente às qualidades do discurso oral descrito por ONG e por outros, procurando ilustrar a natureza expressiva da CMC.

3.1 IRC

O IRC, é considerado o melhor exemplo da cultura oral na CMC. Segundo alguns estudos e há alguns bem interessantes, é o serviço que mais utilizadores tem. É um serviço que assenta em redes que por sua vez, são sustentadas por servidores. Há várias redes de IRC em todo o Mundo. Em Portugal actualmente há três. As pessoas conversam sobre múltiplos assuntos, em tempo real, em diferentes grupos, chamados canais.

O interface, fornece aos usuários, os meios para encontrar os temas sobre que quer conversar, aceder aos canais de conversação, criar um novo canal e conversar em canal ou em privado com os usuários que pretenda. Os participantes destes chats ainda que situados em qualquer parte do globo, estão numa comunicação em tempo real (síncrona). Para aceder ao IRC, é necessário usar um interface de comunicação. O mais conhecido é o mIRC, de que qualquer usuário tem que fazer download e instalação antes de usar este serviço pela primeira vez. Para usar o IRC:
· Tem que se estar ligado à Internet;
· Usar um cliente de IRC (programa);
· Registar um nickname na primeira vez que se entra. Nas seguintes, basta identificar-se com a sua palavra passe.
· Listar os canais em uso para conversação;
· Entrar num canal.
· Interagir com os outros usuários usando o teclado.
Para se identificar, listar os canais, entrar no canal e outras acções não referidas, deve usar o programa, ou então digitar comandos, usando o teclado[4].
Os comandos digitados, devem, ser precedidos da barra “/”. (ex.: /j #Portugal).
Os canais são precedidos do símbolo “#” (ex.: #Lisboa).
O nome dos participantes num canal, surge entre os símbolos ” <>”, (ex.: E como sabes tu kuais são as minhas emotions? ).
Quando alguém se dirige ao participante, é comum a frase com o seu nick, surgir escrita com outra cor. A generalizada é o encarnado. Ex.: Nika, esqueceste-te do :D.
Uma rede de IRC pode ter milhares de canais e de usuários. A esta hora, a rede IRC da PTNet tem:
· Utilizadores visíveis: 3770
· Utilizadores invisíveis: 3749
· Servidores: 27
· IRCops online: 15
· Canais formados: 3756
· Utilizadores locais: 347 / 573
· Utilizadores globais: 3770 / 6218


3.2 Os assuntos das discussões


Os temas das discussões versam sobre diversos assuntos, desde viagens, futebol, a ensinamentos, religião, etc.. A descrição do canal tem a ver com a temática para que foi criado. ( Ex. : ChanServ- Descricao: #Benfiquistas - Canal do Sport Lisboa & Benfica) . Não obstante haver temas periódicos, que são colocados no tópico do canal, por um dos operadores (ex.: Topic is 'Fut: Nacional 1x1 BENFiCA (Miccoli) Futsal (Final TP): BENFiCA 5x9 fdp Hoquei: BENFiCA 2x1 Viana Bskt: BENFiCA 90x88 Oliv'). O número de usuários de um canal varia de 1 a umas centenas. Neste momento, o #Portugal da PTNet tem 480 usuários enquanto que o #Zambujeira tem 1 usuário.
O movimento de um canal de IRC não se poder constatar pelas entradas e pelas saídas. Na verdade são, as discussões que mantêm a actividade de um canal de IRC, que será tanto maior quanto maior forem o número de participantes. As discussões podem versar sobre uma infinidade de assuntos, ou sobre nada em particular. Outras vezes descambam para assuntos menos agradáveis ou polémicos, mantendo discussões muito acesas e participativas, beirando o flamming.

No IRC, podemos ver outras características da oralidade primária, a do respsito pela autoridade: o caso da organização e dos níveis de acesso: ircops, operadores, usuários.
Também é comum o uso de regras de “saber estar” pré estabelecidas, a netetiqueta. Assim, quando se entra num canal é de bom tom cumprimentar, da mesma forma que o é, quando se sai despedir-se. Outra das coisas a não se fazer, para se não ser marginalizado, ou mesmo até colocado fora do canal, é usar as maiúsculas (caps lock). Atendendo a que é um media que usa a escrita para a comunicação, o ser-se conceituado ou não, depende da nossa maneira de estar. Da forma como nos comportamos ou usamos as palavras.
As características do IRC são:
· O IRC fornece sugestões textuais não presentes no CB Rádio;
· Fornece o nome do canal;
· Um assunto opcional para o canal;
· A notificação de quem entra e de quem sai do canal e até do IRC, se o nick estiver no canal;
· A forma de saber se um determinado nick está no IRC e em que canais está, usando o comando /whois (nick) (ex.: ícara on #almada #lisboa #setubal #sesimbra);
· A escrita recorrendo a smiles e a emoticons, para demonstrar os estados de espírito.
· Uma transcrição escrita da interacção aparece no ecran permitindo ao participante reler qualquer parte e até guardá-la na totalidade, fazendo scroll-up, mesmo que desapareça do campo do ecran visível.
Uma típica conversa de IRC mostra-nos que não é desigual de uma conversa frente a frente.

3.3 Newsgroups

A USENET é um meio de comunicação, onde os usuários colocam mensagens de texto em fóruns agrupados por assuntos, os newsgroups. Contrariamente aos e-mails que são transmitidos por e-mail de usuário para usuário, este tipo de mensagens são transmitidas por servidores de newsgroups. Os leitores podem aceder aos artigos usando um leitor de news (newsreader).

Os newsgroups tanto da USENET, como de qualquer outro servidor, têm os nomes das mensagens de forma hierárquica, relativamente ao grupo e assunto. Por exemplo o newsgroup chamado ‘soc.college’, indica que este grupo é parte de “social” e essa temática concerne ao assunto “colégio”. Para além disso, os assuntos aparecem colocadas hierarquicamente, de acordo com as respostas.
Cada uma das mensagens contém:

A primeira parte da mensagem (header) com o cabeçalho da informação. A linha superior mostra o trajecto que a mensagem, o lugar a que pertence ou de onde veio. Na parte inferior (body) estão o artigo e a assinatura electrónica, linkada ao e-mail do usuário. As respostas ao artigo são colocadas no artigo original e aparecem precedidas de Re: seguidas do nome do artigo original. Os participantes expressivamente adicionam os seus pontos de vista.

3.3.1 Qualidades da Oralidade:

No seu livro “Oralidade e cultura escrita”, a tecnologização da palavra, Walter Ong, descreve as qualidades da cultura oral. Muitas destas qualidades podem ser encontradas nos artigos da USENET. As listas seguidas, na USENET, descrevem as qualidades da cultura oral, como as descreveu Walter Ong. Esta ideia do texto reflectindo qualidades orais não é nova.
O número de sinais à esquerda de cada linha indica quem está a falar, mostra as declarações da pessoa. A cultura da USENET, desenvolveu muitas palavras e frases que serviram de stock para expressões, actualmente conhecidas pelo nome de acrónimos[5]. (Ex: BRTW= By the Way; IMHO= In my Humble Opinion; IMMO= In my modest opinion; LOL= Laughing out Loud)
No discurso oral, confia-se na memória. Se o ouvinte se distrair ainda que por um momento, o falante, tem de repetir, para se certificar de que foi ouvido. Nas discussões electrónicas da USENET é necessário repetir os artigos anteriores, para relembrar ao leitor o que ficou da discussão. Tal acontece pelo facto de as mensagens expirarem ao fim de algum tempo.

4. Conclusão:´

Nas Sociedades orais as pessoas coexistem no mesmo tempo e no mesmo espaço, na CMC a temporalidade é atemporal, embora para se efectuar uma comunicação síncrona, os participantes tenham de ter uma simultaneidade temporal. A CMC implica numa nova e diferente relação com o tempo, com o espaço, com o pensamento e com o saber. Pessoalmente penso que encontramos mais semelhanças com a comunicação das culturas orais primárias na comunicação síncrona do que na assíncrona.
Este tipo de comunicação, tal como a da cultura oral primária, apresenta um pensamento e expressão:
- Mais aditivo do que subordinativo;
- Mais agregativo do que analítico;
- Redundante ou “copioso”;
- Próximo do quotidiano da vida humana;
- Mais empático e participativo do que objectivamente distanciado;
- Homeostático;
- Mais situacionais do que abstractos;
- Com memorização oral (o caso dos comandos necessários, dos acrónimos, dos smiles ou emoticons);
O artigo em causa não é recente. As BBS e USENET fazem parte da história da Internet e da CMC. Foi aí que tudo começou.
Observando á distância a comunicação actual há uma grande diferença. Nada havia na altura. Na verdade fez-se um bom prolongamento do que somos na nossa vida real. Esta temática é muito interessante e constituiria sem sombra de dúvida uma boa temática para um estudo, sobretudo quando se tem a noção do que era há alguns anos atrás e do que é actualmente. A temática da Comunicação é sempre muito interessante, mas creio que a Comunicação suportada por computador será um tema de estudo e análise muito mais profíqua, não só do ponto de vista comportamental e social, mas também do ponto de vista da linguagem, mas essencialmente da forte presença da oralidade neste tipo de cultura escrita. O uso dos emoticons, para exprimir e complementar o que os olhos não vêem, o nível de participação e envolvimento nos discursos, a defesa de ideias, o próprio flamming, que penso que transcende e muito o vivido em situações reais.
Não há dúvida, a CMC é uma comunicação plena de significados, de valores, de emoções e de sonoridade!

5. Bibliografia:

- ONG, Walter J., 1998, Oralidade e Cultura Escrita, Papirus Editora, Campinas
- Texto aconselhado: em
http://www.december.com/john/papers/pscrc93.txt, acedido a 28 de Abril de 25 de Março de 2006, acedida em 13 de Abril de 06
- BBS,
http://pt.wikipedia.org/wiki/BBS
- USENET:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Usenet , acedida em 13 de Abril de 06
-
http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_Relay_Chat , acedida em 15 de Abril de 2006
- Comandos de Nickserv:
http://comunicacaovirtual.no.sapo.pt/nickserv1.htm acedida em 15 de Abril de 06
- Acrónimos:
http://comunicacaovirtual.no.sapo.pt/algacron.htm acedida em 15 de Abril de 2006

________
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/BBS
[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Usenet
[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet_Relay_Chat
[4] http://comunicacaovirtual.no.sapo.pt/nickserv1.htm
[5] http://comunicacaovirtual.no.sapo.pt/algacron.htm